“Tantas vezes me mataram”, livro de Bruno Andrion, é uma história forte com cheiro e som de uma América Latina, a dos Ramirez, dos Avalos, da Casa 352, dos vizinhos da Velha, e de tantas outras.
Uma narrativa de gestos, cenas, surpresas e cheiros. Uma conversa do escritor como um narrador, que tudo vê, escuta, sente, cheira, imagina. Um drama latino. A mãe o tempo todo pensa e sonha com a filha desaparecida.
Uma mãe cansada de morrer, morria todos os dias. Entre um trago, um cheiro, um som, a história vai se desenrolando em pensamentos confusos. Uma vida que circula e viaja pela cabeça da mãe que procura Cecilia. “Estou voltando para o meu próprio enterro”.

Um pai ausente, que pouco participa, dá lugar a mãe, guerreira, solitária, que vive intensamente o desejo de um encontro. “Também resistiu ao choro, quando a foto de Cecilia estampou os jornais do país, naquela terça-feira”.
A natureza e os seus fenômenos naturais parecem tentar acalmar as almas daquela casa. “A voracidade do canto, dava a impressão de os bichos estarem em voo para não haver quietude na passagem do tempo. O som para mantê-lo distraído, enquanto a vida escutava a existência”
“Os pássaros reverberavam seus cantos. Era um bom dia para morrer ou um bom dia para não estar vivo…. Eles me mataram tanto da última vez que quase não tive forçar para me levantar”. O nome “Tantas vezes me mataram” foi emprestado do poema “Como la cigarra”, da poetisa argentina María Elena Walsh.
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Uma leitura de Wemerson Dablioe sobre o livro “Tantas vezes me mataram”.
Obrigado pelas palavras, meu amigo! Também quero ler o seu, em breve!!